- Alexandre Okubo Dermato
Melanoma: o diagnóstico precoce é fundamental
Em média, 1 pessoa morre de melanoma a cada hora. Saiba como prevenir e detectar esta doença precocemente.
Se você não leu meu artigo anterior dando um panorama geral sobre os cânceres de pele sugiro que leia para entender melhor. Aqui está.
O Melanoma é menos frequente que os outros tipos de cânceres de pele (basocelular e espinocelular).
Ele se origina dos melanócitos que são as células da pele que produzem pigmento (melanina), por isso a grande maioria tem coloração castanha ou preta. Os melanomas podem se desenvolver em qualquer lugar da pele, mas são mais propensos a começar no tronco (tórax e costas) nos homens e nas pernas nas mulheres. O pescoço e o rosto são outros locais comuns.
O melanoma é muito menos comum do que os cânceres basocelular e espinocelular. Mas o melanoma é mais perigoso porque a chance de ele se espalhar para outras partes do corpo (metástases) é maior se não for diagnosticado precocemente.

Ele é 20 vezes mais comum em pessoas com pele clara do que em negros.
Fatores de risco para desenvolver melanoma:
Exposição solar. A natureza da exposição ao raios UV pode desempenhar um papel no desenvolvimento do melanoma. Por exemplo: melanoma no tronco (tórax e costas) e pernas tem sido associado a queimaduras solares frequentes (especialmente na infância). Há melanomas em áreas com pouca exposição solar (palmas de mãos, plantas de pés, em baixo de unhas).
Pintas (nevos). Os bebês geralmente não nascem com pintas. Elas aparecem na infância ou em adultos jovens. As pintas não causam problemas, mas os indivíduos que possuem muitas pintas, e principalmente de um tipo específico (nevos displásicos), tem mais chance de desenvolver melanoma. As pintas de nascença (nevos congênitos) podem se transformar em melanoma durante a vida. O risco pode chegar até 10% nos casos de nevo congênito grande, mas é quase zero nos casos de nevos congênitos pequenos.
Cor da pele e cabelos: Pele clara, cabelos claros e sardas. Ruivos, olhos azuis ou verdes também tem risco aumentado.
História familiar: O risco é maior se um ou mais de seus parentes de primeiro grau (pais, irmãos, irmãs ou crianças) tiveram melanoma. Cerca de 10% de todas as pessoas com melanoma têm história familiar da doença.
Histórico pessoal: risco aumentado de melanoma se teve outros tipos de cânceres de pele e o próprio melanoma. Quem teve melanoma em um determinado local tem maior chance de ter outro melanoma em outra região do corpo.
Sistema imunológico enfraquecido: As pessoas com sistemas imunológicos enfraquecidos (devido à doenças ou tratamentos médicos) são mais propensas a desenvolver alguns tipos de cânceres de pele, incluindo melanoma. Exemplos: pacientes com órgãos transplantados (tomando imunossupressores), doenças autoimunes (tomando imunossupressores), doenças infecciosas (HIV), tratamentos para outros tipos de cânceres que baixam a imunidade.
Idade: O melanoma é mais frequente em pessoas mais velhas (média 63 anos), mas também é encontrado em pessoas mais jovens. Na verdade, o melanoma é um dos cânceres mais comuns em pessoas com menos de 30 (especialmente mulheres mais jovens). O melanoma que ocorre em famílias também tem incidência maior nos mais jovens.
Sexo: A incidência de melanoma varia com o sexo dependendo da idade. Nas pessoas com menos de 50 anos é mais frequente nas mulheres. Nas pessoas com mais de 50 anos é mais frequente nos homens.

A taxa de sobrevida de cinco anos para melanoma quando detectada e tratada nos estágios iniciais é de 98%.
Por isso o diagnóstico precoce é fundamental!